domingo, 11 de julho de 2010

Consertos de final de semana

Já no sábado, saio do trabalho, de encontro a um conserto no meu olhar. Ao invés do trem e das paisagens rápidas, o ônibus que me deixa na Sé. Passadas apressadas vão dando lugar a passos lentos conforme tomo consciência de que não tenho horário a cumprir. Uma casquinha de sorvete anestesia de vez a pressa, dando ares de passeio a volta pra casa, assumido de uma vez ao entrar num sebo de discos e livros.
Com as mãos empoeiradas, uma pausa no Rei do Mate para comer - d e s c a n s a d a m e n t e - um esfiha de catupysalsa, para depois namorar alguns livros numa livraria.
Uma quermesse no fim da noite fecha o dia, tão distante do acordar na madrugada.

O domingo costuma ter seu momento conserto de casa. As cuecas e meias da semana atiradas num saco plástico são lavadas. Algumas camisetas também. O quarto sempre recebe aquela geral - a quantidade de papéis, livros e calçados atirados sobre o guarda-roupa e a estante de livros, não impedem que ele pareça arrumado no fim do domingo. Já na segunda, quando tudo volta, os ares são de achados e perdidos. É uma questão de olhar e de como este olhar é construído, pela preguiça construtiva de um domingo à tarde, e pela segunda fatigante de um início de semana. Férias chegando.

Um comentário:

Paulo D'Auria disse...

Oi, Ronny

Aqui fala o Paulo, da oficina no Tendal. Rapaz, muito boa esta crônita, misturando uma narrativa do dia-a-dia com outra mais instrospectiva.

PS: Rei do Mate é tudo!